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[REVIEW] Gone Home

Em 7 de Junho de 1995 Katie chega em casa depois de um ano na Europa, mas encontra sua casa completamente vazia. O que aconteceu com todo mundo? Ela terá que explorar todos os cantos da casa para descobrir. E para descobrir se esse jogo vale a pena, leia o review a seguir.


Ficha Técnica

Título: Gone Home

Plataforma: Nintendo Switch

Tamanho: 3 GB

Desenvolvedora/Publicadora: Annapurna Interactive

Jogadores: 1

Em português: Sim (Legendas)

Gênero: Walking Simulator

Save na Nuvem: Sim


Sobre o Jogo

Gone Home é um jogo no estilo Walking Simulator em que, controlando a personagem Katie, você deve descobrir o que ocorreu com sua família após um ano de sua ausência. Ao chegar em casa, você se depara com um bilhete escrito pela sua irmã, Sam, que diz o seguinte: “Katie, desculpe não estar aí para te ver, mas não será possível. Por favor, por favor não comece a vasculhar pra descobrir onde eu estou. Não quero que ninguém saiba. Nos veremos novamente algum dia. Não se preocupe. Eu te Amo. Ass: Sam“.

Para aqueles que são menos familiarizados com o estilo, os Walking Simulators são baseados na exploração de ambientes e, principalmente, são extremamente focados em contar uma história. Nesses jogos, a história compensa muito a simplicidade do gameplay. Eu comecei a dar maior atenção a este gênero em 2017, com o excelente To The Moon (simples, mas com um enredo lindamente contado), seguido do What Remains of Edith Finch e do The Vanishing of Ethan Carter. Ficam as dicas para vocês, caso não conheçam.

Pois bem! Gone Home segue essa linha de exploração contínua. Não há inimigos na casa, não há demônios escondidos atrás das portas, não há perigo. O jogo é muito intimista e procura se focar no jogador e na personagem, que não sabem o que está acontecendo e terão que descobrir juntos.

Jogabilidade

Como dito anteriormente, este título é um Walking Simulator em que você deve descobrir o que ocorreu na casa executando tarefas simples como, por exemplo, abrir gavetas, armários, portas trancadas, explorar ambientes da casa, investigar objetos, procurar coisas no lixo, são tantas coisas para verificar! Cada objeto importante que você encontra pelo caminho te conta um pouco da história do jogo por meio de um diário em áudio (legendado em português) ou em texto (também em português).

São atividades tão simples, com objetos tão comuns que muitas vezes eu me senti como a Katie: em casa! E muitas vezes, também, me senti agoniado pelo fato da casa estar vazia. Era uma sensação de desconforto e medo inexplicável de surgir um demônio no aposento ou de sair uma menina fantasmagórica pela estática da televisão dos cômodos. Mesmo sabendo que isso não aconteceria, o medo misturado com curiosidade estava lá.

Explorar a mansão e descobrir as personalidades dos seus pais e irmã, as frustrações e sucessos de cada um, entender a vida dessa família e, por fim, entender todo o contexto que nos conduziu até aquele momento; tudo isso me prendeu pelas poucas horas que esse jogo possui.

Ambientação

Lembra que falei que me senti em casa? Então! O jogo tem o desenrolar de sua história em 1995 e todos os objetos da casa condizem com aquela época. Fitas VHS, fitas cassete para escutar no rádio, vitrola, TVs de tubo…. Por vários momentos me vi aproximando a câmera para ler a seleção de filmes e séries daquela época cujos títulos foram escritos à mão nas fitas VHS (provavelmente gravadas diretamente da TV).

São tantos detalhes que me fisgaram pela nostalgia e que recordei partes importantes da minha infância apenas por ler um título ou lembrar de um cartucho de videogame. Por falar nisso, eles estão no jogo! Olha só:

Este é só um dos cartuchinhos. Há vários outros!

Há outras interações possíveis com os objetos do cenário, mas não falarei mais para não estragar a sua experiência.

Som

Não existe trilha sonora musical durante o jogo (exceto em algumas situações específicas), apenas há o som ambiente (chuva, trovões, passos, barulhos da sua interação com o cenário, e outras). Eu gostei muito dessa escolha, pois favoreceu a imersão e ampliou a sensação de desconforto com o ambiente vazio.

Veredito

Abaixo, vou tecer algums comentários que podem soar negativos, mas peço que leiam até o final para entender o que quero dizer, ok?

Bom, Gone Home é um jogo curto (cerca de 3 horas de exploração e você termina o jogo), introspectivo e que eu gostei muito de ter jogado.

Porém, sabe quando um jogo é melhor na jornada do que na conclusão da história em si? Então! O fato de abordar temas ainda em discussão no mundo atual e descobrir as personalidades e trajetórias dos indivíduos me pareceu melhor do que a conclusão da trama.

Não! Não é que eu não tenha gostado da narrativa e do seu encerramento, é apenas o fato de que o desfecho deste jogo me pareceu “simples” demais. Por outro lado, muitas vezes os “finais” que a vida real nos apresenta também são simples demais quando paramos e analisamos todo o contexto que nos levou até eles, não é?

No geral, acho que este é um dos jogos para os quais a sua vivência como pessoa e como gamer contribuirá para a sua experiência final, então não me atreverei a dizer que o desenrolar e o encerramento da história é bom ou ruim, pois realmente acredito que entraremos em um campo subjetivo demais e que, ao final da discussão, teríamos apenas um cabo de guerra dos que adoraram a trama como um todo contra os que detestaram.

Tendo em mente os pontos acima destacados, o que posso dizer é que este é um título que recomendo para aqueles que curtem jogos no estilo Walking Simulator e que sejam focados na narrativa, na exploração, na jornada e, principalmente, no interesse em descobrir o background de personagens simples, mas complexos.

E aí? Já jogou? O que achou?

Desde já, agradeço por ter lido até aqui e até o próximo post!

Gostou? Então compartilhe!

Tovar

Nintendista desde os 8-bits, pulei somente a geração GameCube (que recuperei com o Wii). Jogo em qualquer plataforma. Um fã de The Legend of Zelda, Donkey Kong, Mario, Mega Man, e de outros grandes nomes da indústria.

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