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Retrospectiva Wii U (parte 3) – As Grandes Apostas

Tendo em vista a proximidade de lançamento do Switch, o nosso leitor Emanoel Vitor Barbosa nos deu uma sugestão de termos uma retrospectiva do Wii U. Por isso, preparamos essa série de posts em que contaremos post a post os anos de vida desse console tão bom e que tantas alegrias nos deu, leia também a Parte 1 e Parte 2 dessa retrospectiva. Nossa terceira parte passe pelo grandioso (ou nem tanto) ano de 2014, onde todas as fichas foram apostadas com lançamentos System Sellers e anúncios empolgantes (primeira vez que vimos o conceito de Breath of the Wild foi na E3 daquele ano). Tentamos entender porque nem assim o Wii U decolou, mas os bons frutos que esse ano rendeu.

Chegou chutando a porta

Para quem gosta de começar o ano depois do Carnaval já entrou em 2014 com um grande jogo de Wii U na prateleira, Donkey Kong Country: Tropical Freeze foi lançado em 21 de Fevereiro nas Américas e mostrou tudo que o console pode oferecer em Full HD, com lindos gráficos e jogabilidade incrível, se tornando, para muitos, o melhor jogo da série junto com os de SNES. Alguns jogos thirds também chegaram para Wii U, mostrando que ainda havia quem acreditasse no console, Batman Arkham Origins, Lego Hobbit e The Videogame, The Amazing Spider-Man 2 e Child of Light foram alguns bons títulos para o Wii U que não vieram da Nintendo.

O grande momento do ano para o console (talvez de toda a vida dele) foi em 30 de Maio, Mario Kart 8 chegou às lojas dando tapas na cara daqueles que duvidavam que era possível ter gráficos fantásticos no Wii U, rodando à 1080p e 60fps cravados, Mario Kart 8 é considerado por muitos (eu inclusive) o melhor jogo de Wii U. DK e Mario Kart 8 alavancaram muito as vendas do console e chegaram em um momento onde a Big N percebeu que dependeria demais de suas IPs para compensar os erros que impediram o Wii U de engrenar, por conta dessa dificuldade temos essas duas obras primas que serão a base para os próximos jogos das franquias (ou seus remasters rs).

Amiibos e mais uma chance para o Wii U

Além da vergonha alheia da E3 com bonecos de massinha (eu ri e gostei), o grande destaque da apresentação da Nintendo naquele ano foi anúncio dos Amiibos, explicando toda a sua funcionalidade e focando na integração dos bonecos em Super Smash Bros, outro grande jogo que saiu naquele ano. Com um leitor NFC já de fábrica no Gamepad, que muitos achavam que não servia para nada, o Wii U passou a ser um grande potencial para o uso dos Amiibos além de apenas colecionáveis, mas os erros da Big N continuaram acontecendo no Wii U, mesmo com uma mina de ouro nas mãos.

Já falamos sobre os Amiibos, confira aqui.

Os Amiibos venderam absurdamente bem naquele ano e os lançamentos baseados em cada jogo fizeram crescer o leque para os personagens Nintendo, já que você poderia ter o mesmo boneco em várias poses e de diversos jogos, a Nintendo tinha tudo na mão para acrescentar uma funcionalidade fantástica ao Wii U. O que emperrou nesse sucesso foram as formas genéricas de gameplay com os amiibos, já que o máximo que você conseguia era skin de personagem ou um lutar controlado pela IA em Smash. Como estávamos no primeiro ano dos Amiibos, havia possibilidades de termos opções mais interessantes com os games no Wii U, então foi uma janela que a Nintendo sempre manteve aberta (até hoje).

Ótimo Final de Ano, mas decepcionante

Sim, parece um paradoxo, mas foi o que aconteceu no segundo semestre de 2014 no Wii U, mesmo com os Amiibos, os grandes lançamentos que chegaram e a base de ótimos jogos que o console possuía. Entramos na segunda metade do ano com o excelente crossover de The Legend of Zelda e Dinasty Warriors, Hyrule Warriors não vendeu console, mas deu uma cara para TLOZ que atraiu muitos gamers de PS4 e Xbox One, talvez se Breath of the Wild saísse dali para o fim de 2014 teríamos muita gente jogando um Zelda pela primeira vez. Depois tivemos Project Zero (Fatal Frame) só para o Japão e uma janela muito grande sem nenhum jogo atrativo para o Wii U, a essa altura tínhamos aqueles que apostavam nos próximos lançamentos e confiavam na Big N e os mais decepcionados que desistiram do console logo cedo.

Chegou o final de Outubro e com ele alguns jogos que definiriam se o Wii U teria forças para se reerguer nessa geração, Bayonetta 2 (com o disco do 1 incluso) foi o primeiro desse pacote e trouxe um pouco de conteúdo +18 para o console, ainda assim não chamou a atenção daqueles que não compraram um Wii U por ele ser muito “infantil”. Super Smash Bros foi lançado um mês depois de Bayonetta (21/11) e podemos dizer que acabou ofuscando um pouco a bruxa, já que é uma das franquias mais esperadas em qualquer console Nintendo. Ainda tivemos Captain Toad Treasure Tracker e Watch Dogs (depois de todo mundo ter jogado), mas só quem sorriu foi aqueles que tinham um Wii U e receberam novos grandes jogos, pois todo esse esforço não fez o console decolar.

Esse foi o 2014 do Wii U, muita gente se convenceu sobre o console nesse ano mas ainda assim não foi como a Big N esperava. Mesmo com um aumento de 18% no valor de vendas do ano anterior, o Wii U vendeu apenas 3,7 milhões de unidades (totalizando quase 9 milhões), enquanto PS4 teve 14 milhões e o Xbox One teve 8 milhões de vendas naquele ano, essa diferença das concorrentes fez com que 2015 começasse com sérias consequências para os fãs, mas isso só saberemos no próximo post! Nos vemos lá!

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Jonatas Marques

De RPG japonês até Candy Crush genérico, se me prende a atenção, estou jogando! Essa paixão transcendeu para a internet, onde escrevo sobre games na NL e no Medium.

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